Capacete M1 da Segunda Guerra Mundial

O Exército Americano entrou na Segunda Guerra com um capacete derivado do modelo britânico usado na Primeira Guerra. Como a proteção oferecida pelo antigo modelo ainda deixava desejar, desde o início do conflito os EUA procuraram uma alternativa. Vários modelos experimentais foram produzidos, chegando à fase de protótipo, muitos com influência de um especialista em armaduras antigas do Metropolitan Museum of Art chamado Bashford Dean. Dean também era um zoólogo, especializado em ictiologia. Ele ficou famoso por detalhar armaduras medievais em suas publicações, chegando ao ponto de produzir e vestir algumas pessoalmente para melhor entender o seu funcionamento.

Depois dos primeiros protótipos e testes, o modelo experimental TS-3 foi finalmente aceito no final de 1941 e chamado de capacete M1.

Uma das novidades do M1 consistia em um sistema de suspensão que podia ser encaixado no interior do casco de aço e removido para limpeza e substituição, inicialmente fabricado de papelão reforçado e, no curso da guerra, atualizado para um modelo de lona embebida em resina plástica (o material era a resina Micarta, desenvolvida pela Westinghouse e até hoje usada em empunhaduras de facas).

O M1 da Segunda Guerra foi produzido desde fins de 1941 até meados de 1945. Alguns detalhes foram modificados ao longo da produção, que totalizou cerca de 22.000.000 de unidades, o que torna o M1 um dos capacetes mais fáceis de se encontrar ainda hoje em dia.

Cada lote de aproximadamente 50.000 capacetes recebia um número de fábrica,  estampado no interior do casco de aço, cujo propósito consistia em controlar a qualidade do aço. Se alguma quantidade significativa de capacetes de um determinado lote começasse a apresentar problemas, todos os demais capacetes potencialmente problemáticos do lote poderiam sofrer algo parecido com um “recall”, evitando que as falhas e fraquezas estruturais do aço pusessem em risco a integridade dos soldados que deveriam proteger.

Veja abaixo algumas variações dos M1, em fotos enviadas por colecionadores dos EUA e Europa:

2 comentários em “Capacete M1 da Segunda Guerra Mundial”

  1. Amigos, boa noite. Tenho um M1, porém me parece que a carneira de algodão nunca foi lavada. Vocês tem informação como eu poderia higienizá-la, já que ela é rebitada no Liner!?

    • Olá, o liner foi feito em plástico para ser lavado. Contudo, se se trata de uma peça original da Segunda Guerra, sugiro não mexer… neste caso, a sujeira faz parte da história do uso do capacete em combate. Já peguei muitos que tinham marcas de suor dos soldados e até terra da Itália.

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